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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O bom e o mau materialista

Muita gente acredita que a saída para os problemas financeiros é ganhar muito dinheiro, confiando que o mundo dos endividados é composto por gente sem muito recurso. Entretanto, o que poucas pessoas levam em consideração é que a gente paga pelo dinheiro com o nosso tempo. De acordo com a americana e escritora Vicki Robin: “Quando você gasta o dinheiro, não está gastando um papel emitido pelo governo, mas as horas que você investiu em seu trabalho. E, porque você se ama e se respeita, é melhor você gastar o dinheiro com coisas que tenham valor para você.” O que fica também para nossa reflexão aqui são os valores balizadores de nossa cultura de ostentação e consumismo, afinal aquilo que possuo ou compro promove a atividade, a auto-confiança, o envolvimento ou induz à passividade e à dependência? Até que ponto nosso estilo de vida atual está apenas vinculado ao pagamento de prestações, às despesas com consertos e à expectativa de outras pessoas? É importante identificar, no nosso padrão de consumo, quais as reais necessidades e o que são desejos, observando o que pode ser diminuído ou suprimido do nosso orçamento. Por exemplo: “Necessito de um tênis, mas desejo o que vi na vitrine que custa oitocentos reais.” Ter um tênis de oitocentos reais vai sanar minha necessidade de ter um calçado novo e também vai satisfazer meu desejo de ostentar o tênis de marca. Ou seja, a ostentação do tênis vai de encontro com a influência social que falamos. Não é necessariamente errado comprar um tênis de oitocentos reais, desde que ele me ofereça o que procuro nele no que diz respeito à qualidade, durabilidade, não apenas como uma ferramenta de status social. Vicki Robin diz ainda que o bom materialista é aquele que tira o proveito máximo dos bens materiais. Se você tem uma coisa, use-a até acabar.